O sector da agricultura cresceu 6.6 por cento, durante a campanha agrícola 2023/2024, representando um aumento de um por cento, se comparado ao ano anterior em que atingiu 5.6 por cento.
O ministro da Agricultura e Florestas, António Francisco de Assis, que participou como facilitador da 11.ª edição do CaféCIPRA esta quarta-feira, 10 de Janeiro, disse que a produção nacional cresce “indiscutivelmente”.
Apesar deste registo positivo, o ministro reconhece não ser suficiente, se considerarmos a quantidade de produtos importados que deveriam ser produzidos localmente pelo sector da Agricultura. Por isso, continuou, ainda é necessário fazer mais para garantir a autossuficiência alimentar.
“Estamos a fazer este caminho com muita certeza, muita dedicação e muito esforço, quer da parte dos empresários, quer das famílias. Hoje, todos nós percebemos que a resolução dos problemas que temos passa, necessariamente, por produzir a nível da agricultura”, disse Francisco de Assis.
Durante o CaféCIPRA, que juntou governantes e representantes de organizações da sociedade civil para uma abordagem sobre o “impacto do investimento privado no sector produtivo”, Francisco de Assis disse também que, a nível da agricultura, o país está com uma produção alta, tendo saído, praticamente, da estaca zero para níveis de crescimento jamais vistos.
“O Namibe fornece mais de 70 por cento da quantidade de tomate que é consumida em Luanda e mais de 80 por cento dos produtos agrícolas que circulam em Luanda saem do Cuanza Sul”, exemplificou, reiterando que há produção, embora insuficiente.
“Precisamos de mais e estamos a incentivar cada vez mais pessoas a participarem deste esforço”, acrescentou.
O ministro da Agricultura e Florestas valorizou o engajamento da juventude na agricultura, citando ainda como exemplo o empenho de jovens na produção do café em Malanje e de gado suíno na Huíla.
Contudo, reconheceu as dificuldades existentes no sector, mas encorajou os agentes produtivos a não permitirem que os constrangimentos limitem o desenvolvimento do país.
“Somos um país essencialmente agrícola e cada um de nós pode participar deste processo de produção. Está mesmo a nascer uma Angola nova, está a acontecer, não é bluff”, garantiu.