• MINISTRO DA COORDENAÇÃO ECONÓMICA ENALTECE CRESCIMENTO DO SECTOR AGRÍCOLA


    O ministro da Coordenação Económica, José de Lima Massano, disse, na sexta-feira, 24, em Camanongue, província do Moxico, que o sector agrícola representa 19% contra os 13% registados há oito anos.

    Ao discursar no Acto Nacional de Abertura do Ano Agrícola 2025/2026, o governante referiu que de 2017 a 2025, a agricultura registou um crescimento médio anual de 6%, aludindo a uma nova fase deste sector.

    Na campanha agrícola 2024–2025, referiu o ministro, Angola aumentou a sua produção em 8,5%, atingindo mais de 30,5 milhões de toneladas de produtos diversos. “Destacam-se 3,7 milhões de toneladas de cereais, um acréscimo de mais de 250 mil toneladas em relação ao período anterior”, enumerou Massano.

    A contribuição, salientou, está também a impactar outros sectores da economia como a indústria alimentar, onde se verificou o crescimento de cerca de 60% no processamento de alimentos nos últimos 12 meses, “um dos níveis mais altos de que temos registo”.

    “A agricultura ainda é um dos pilares mais estruturantes do percurso de diversificação da nossa economia e da inclusão social. Por isso temo-nos focado em melhorar o apoio que é prestado aos produtores agrícolas e pecuários, independentemente da sua dimensão”, salientou o governante.

    Segundo o político que discursava em representação do Presidente da República, João Lourenço, os resultados deste crescimento já começam a ser visíveis, sobretudo na produção de culturas como a batata-doce e rena, mandioca, massango e massambala, milho, feijão e hortícolas.

    “Os resultados começam a ser sentidos um pouco por todo País e temos municípios em que a oferta já supera o consumo local, fazendo com que se comece a ter alguma autossuficiência e excedentes que estão a dinamizar o comércio rural”, destacou.

    Com objectivo de impulsionar ainda mais o sector, Massano disse que o Executivo está a promover o investimento em novas unidades de processamento e a reactivação de unidades fabris que se encontravam paralisadas. “Exemplos são a entrada em funcionamento da fábrica de processamento de tomate do Dombe Grande, prevista ainda para este ano e, em 2026, as de Moçâmedes e Caxito”, disse.

    De acordo com a fonte, igualmente, está-se a viabilizar o surgimento de novos parques de processamento alimentar, como os que se estão a instalar em Luanda, Icolo e Bengo, Huambo e Huíla. “Estas unidades industriais vão estabelecer um canal adicional de escoamento em escala para os produtos do campo”, vaticinou.

    O acto marcou a abertura oficial da presente “Campanha Agrícola”, e foi prestigiado pelo ministro da Agricultura e Florestas (Isaac Francisco Maria dos Anjos), governador do Moxico (Ernesto Muangala), e o secretário do Presidente da República para o Sector Produtivo (João Nkosi), entre outras.